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Cineasta
Humberto Mauro
Humberto Mauro
1897 - 1983
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é assim que é considerado o cineasta Humberto Mauro. E para justificar esse título, mais de 300 razões vêm à tona: aliás, essa é a média de produções de obras fílmicas que Mauro produziu no século passado.
O cineasta nasceu em Volta Grande, Minas Gerais. Em 1926, Humberto Mauro mudou-se para o Rio de Janeiro. Foi em sua tenra juventude, enquanto apaixonado por radioamador, que muitas coisas começaram a transformarem-se em sua ainda, tão singela vida. Trabalhou na capital federal por 4 anos como eletricista, profissão que aprendera quando mais novo. Casou-se com Maria Vilela de Almeida, a dona Bebê, e tiveram 6 filhos.
Humberto Mauro conheceu o prestigiado fotógrafo Pedro Comello em 1923. E neste mesmo ano, também comprou a sua primeira câmera fotográfica, uma Kodak. Foi então que, ambos, mobilizados por uma paixão em comum, compraram juntos a filmadora Pathé-Baby de 9,5 mm, uma pequena câmera doméstica, com a qual filmaram o primeiro curta metragem de Mauro “Valadião, o Cratera”, do gênero aventura.
Fundou a primeira produtora de filmes brasileiros, a Phebo Sul America Film, em sociedade com Pedro Comello e os comerciantes Homero Cortes e Agenor de Barros. Neste período, filmou 5 longas, produzindo dentre eles, o “Thesouro Perdido”, aclamado como melhor filme do ano pela crítica especializada. Mauro não apenas dirigia os filmes, como também participava da escrita dos roteiros, atuou, colaborou com figurinos, cenários e iluminação. Aliás, naquela época não havia muitos profissionais do cinema.
Com o desenvolvimento dos trabalhos, a Phebo cresceu e Humberto Mauro foi adquirindo recursos para colocar em prática toda sua capacidade criativa. “Brasa Dormida” foi o primeiro filme dessa franquia mais elaborado, distribuído pela Universal Pictures. Esta obra tornou-se um clássico, colocando mundialmente o cineasta entre os mais importantes diretores do cinema mudo. O cineasta produziu filmes falados e lançou Carmen Miranda na carreira cinematográfica. Apesar de grandes êxitos de produções, Humberto também passou por grandes crises financeiras.
Após uma vida envolvida em produzir vultosas obras cinematográficas que potencializaram a cultura brasileira, o cineasta faleceu em 1983, deixando como herança para a população, a arte que exitosamente produziu
“O Pai do cinema brasileiro”,
Soube produzir escritos de combate através de seus filmes de longa e curta-metragens, com estilos variados, aventuras, romances e documentários, fazendo de sua pena, a câmera e o foco, o observador e o observado. Através do olhar ilustrado, foi capaz de tecer crítica e autocrítica, ter consciência crítica, ponderar e negociar com as realidades à sua volta, valorizando a cultura popular como pilar da pluralidade, da novidade da ciência, da vontade de transformar o mundo e a si próprio (RANGEL, 2010, p.12).
Clique na capa do livro para acessar a obra:
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